sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Localização exata dos possíveis vestígios das ruínas 




Dou a posição exata para  que se alguém  puder,e tiver condições de fazer uma pesquisa aerofotogramétrica do local , possa faze-la . mas adianto que o local já foi muito mexido ena superfície não se nota nada mais do que elementos isolados ( alguns blocos e lajes restantes).Ainda se nota o terreno que foi escavado com bulldozer em 2003( embaixo da marca vermelha )

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Resumo explicando  porque existe, sim, um sítio arqueológico, e uma ruína em Palmeiras.

Vou  ser totalmente especifico, e pontual sobre as justificativas desta afirmação.

1-Foi achada uma cerâmica embaixo de um dos blocos regularizados  durante as caóticas escavações de 2003, e com certeza havia mais vestígios cerâmicos que nem foram percebidos , não esqueçamos que a escavação foi feita com uma bulldozer (!). Esta cerâmica foi descrita como uma cumbuca que parecia de pedra,pelo encarregado da fazenda. Cerâmica muito antiga nas mãos de uma pessoa não especializada pode parecer pedra. Infelizmente esta peça ”foi sumida”. Esta mesma  testemunha afirma que vários sacos de “algo” foram retirados do local elevados para São Paulo pelo dono da fazenda, mas ninguém viu o que eram.

2- Blocos regularizados com vestígios de talha por martelagem bruta  de martelos e cunhas de pedra (arestas rombudas e irregulares), assim como lajes pouco espessas de corte quadrangular , material não condizente com as formas encontradas naturalmente nas jazidas de basalto, que sim, existem na área e no próprio local do sítio.Estes blocos obedecem a padrões similares aos que vemos nas culturas andinas.Infelizmente não conseguimos ver nenhum trecho inteiro de alguma antiga estrutura , uma vez que estes blocos não sendo argamassados, como de praxe  na arquitetura megalítica, são fáceis de desmontar e reutilizar. Isto vem sendo feito aqui fazem décadas ,ou mesmo séculos. A própria igreja do local apesar de não ter mais de 50 anos, tem todas as fundações construídas  com blocos retirados do sítio. Relembro que, como os blocos da disjunção do basalto tem em regra lados planos, e arestas retas , foram nas culturas antigas  sempre preferidos para, a partir dai, molda-los para formas mais regulares sem grandes dificuldades.  

Blocos aparentemente  regularizados do local 

e014.JPG  007.JPG foto17.png  foto38mail.png foto2mail.png foto16.png p19.jpg foto3mail.pngfoto10mail.png


Formações naturais do basalto resultado da disjunção colunar.

Não esquecendo que em outros sítios megalíticos como Gunung Padang , Nan Madol e Poro Poro,tanto foram usados blocos regularizados de basalto, como blocos  em bruto.
009.JPG 030.JPG  IP6.png basalt-4125_640.jpgpandang 1.jpg  12179940.jpg basalt2.jpg belfast-giants-causeway5.jpg parauna basalto.jpg


3- Formações naturais de basalto em Palmeiras , que foram colocadas à mostra  e confundidas com construções artificiais , o que não é incomum para uma pessoa desavisada. No entanto não invalidam a existência do sitio, mas podem  justificar a cegueira de alguns. Foram desmontados dois muros um antes, e outro atrás, depois do calçamento achado, sendo suas fundações enterradas novamente. Estes dois muros dão sentido ao calçamento, que de fato é um calçamento, e explicamos porque.
010.JPG  078.JPG dscn2020.jpg 080.JPG
4- Calçamento, este elemento apesar deter sido destruído parcialmente ainda é visível, e fizemos um esquema do que se pode ver. Verificando os alinhamentos dos blocos , observa-se que há blocos de diferentes cortes , sempre colocados com seu lado mais plano para cima. Não aconteceria isso se este elemento fosse apenas uma formação de basalto em disjunção colunar formada na horizontal , onde todos os blocos de uma mesma coluna teriam um perímetro transversal similar. Muito menos estariam com um afastamento de aproximadamente 10 cm.,  um do outro. Pressupõe-se que nestes intervalos haveria pedras menores calçando as maiores, mas fizeram uma escavação predatória em volta dos blocos maiores.confundindo o aspecto original
8.jpg  dscn2013.jpg croquis-da-disposicao-das-pedras-da-foto-acima.jpg


5- Local privilegiado no passado. A analise geomorfológica do local nos diz que na frente deste sitio, ou ruína, havia um lago que ocupava área do atual açude, e o englobava, assim como muito mais área em volta. Este lago possivelmente ligaria com o Rio Paraibuna que com certeza era muito mais caudaloso , criando ali uma fonte de pesca fácil e constante. Possivelmente estamos falando de 2 a 3000 anos atrás, ou mais.   Do lado do sitio há  uma cachoeira alimentada por um pequeno riacho que vem mais de longe e acima dela. No passado com a região muito mais exuberante isto deve ter sido mais um atrativo do local,  juntando todos os elementos citados podemos admitir aqui ter havido um local cerimonial, inclusive por estarem o calçamento e os muros sumidos frontalmente virados para o nascer do sol no solstício de inverno 21 de junho.

Pergunta : Haveriam outras edificações nesse local ?  Poderia haver, mas podem estar muito enterradas inclusive na parte baixa onde deve ter havido inundações causadas pelo Rio Paraibuna e mesmo algumas trombas d'água vindas do rio encachoeirado ao lado, ao longo dos seculos.Veja o alinhamento de blocos saindo da terra abaixo. Também podemos supor que mesmo com uma grande população ali só houvesse alguns locais mais estruturados para uso cerimonial e os habitantes usassem apenas casas de materiais facilmente perecíveis que desapareceram totalmente. 
pandang 4.png 
 foto32mail.png    fazenda 007.JPG   vista aerea de Palmeiras.PNG

Resposta a outra pergunta

Porque não se tem noticias de essa possível cultura que ali habitou? qualquer cultura que tenha habitado o território nacional foi suplantada ou mesmo aniquilada com a chegada das tribos tupis , exatamente o que aconteceu com as culturas sambaquieiras. Alem disso a região de Natividade da Serra não é devidamente pesquisada e algumas pesquisas que por ali se tentaram foram obstaculizadas e  interrompidas. Em um dos locais passaram o trator por cima de um cemitério indígena cheio de urnas para não revelar o sitio. Sei por experiencia própria e pelo relatado por outras pessoas da região que muitos vestígios tem sido destruídos por receio dos proprietários das terras perderem a propriedade  para o estado(?!!) Como se o estado tivesse demonstrado algum interesse no assunto...
Foi mandado um relatório de 18 paginas e 40 fotos ao IPHAN-SP ,sobre este local, nunca responderam e apenas disseram por telefone a um repórter do jornal o Estado de São Paulo que ali não havia nada de interesse. Foram feitas duas representações ao Ministério Publico , em 2009 e 2013.As resposta foram debochadas, avalizando apenas  o parecer de"peritos" que estiveram apenas algumas horas no local , sem a menor motivação nem interesse , alem de não entenderem nada de arquitetura pré-colombiana, um era de formação básica, geólogo , o outro era antropólogo.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Tenho silenciado sobre o assunto da ruína de Palmeiras em virtude de não estar sendo possível continuar a pesquisa no momento, além da falta total de interesse e colaboração  geral. Fora isto, nesta época do verão as temperaturas são tão altas que o trabalho de campo torna-se muito mais difícil e pouco efetivo. Espero poder voltar a levantar dados sobre o assunto, assim que chegar o outono. No entanto deixo aqui uma conclusão da qual tenho pouquíssimas duvidas. Trata-se do calçamento que aparece em desenho e fotos nas matérias abaixo. Tudo indica que é um calçamento de fato, e não uma formação de basalto em disjunção colunar, por acaso formada na horizontal perfeita. Afirmo  isso porque em uma formação de basalto em disjunção colunar os blocos que vão se desagregando, tem todos um perímetro transversal similar , ou hexagonal, ou pentagonal, etc. No entanto o que vemos no calçamento são blocos quase sempre com sua face plana para cima e de diferentes perímetros transversais, que no entanto tem formas quadrangulares, e com afastamento quase regular nos dois sentidos , o que nega totalmente a possibilidade de ser algo natural. Lembro ainda que este calçamento estava a uns 2 m de profundidade, portanto é algo bem antigo, de maneira alguma do período  colonial . Quanto aos dois muros que foram desmontados, um na frente e abaixo, e outro acima deste calçamento ,não podemos  ver nada por que suas bases foram reenterradas e  estão agora  a um metro de profundidade, conforme relatou testemunha que trabalhou ali. Ação proposital para esconder a destruição do sitio. Algumas formações que vemos embutidas no barranco são formações naturais do basalto sim e devem ter sido o que alguns viram e acertadamente disseram não ser obra humana, logicamente, mas que confundiu todo o assunto. O levantamento do remanescente do pavimento foi feito quando fomos a primeira vez e o mato estava pouco crescido, lembrando que o pavimento também foi enterrado após ser escavado como vemos na foto de 2003.

 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Para poder analisar melhor a situação da incógnita da ruína de Palmeiras , precisaríamos de mais informações e fotos feitas na ocasião da escavação em 2003. Pessoas que visitaram o local podem ter fotos importantes.  Na foto abaixo vemos dois desconhecidos que visitaram o local em 2003, quando o terreno estava limpo , pelo que sei um deles era um arqueólogo amador, mas não sabemos seus nomes . Alguém conhece? Quem tirou esta foto?

 2 de outubro,20151.  Acabo de receber a informação de que o rapaz da esquerda é um antigo morador de Palmeiras , Leonardo, trabalhou na escavação do sitio, mas era operador de escavadeira, infelizmente já é falecido.Quanto ao arqueólogo amador, ainda não temos informações sobre ele.  

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Ruínas e formações naturais em Palmeiras confundem acadêmicos e leigos.

Tive que fazer este artigo, porque após dois anos estudando o assunto, percebo, a todo momento, que no geral, as pessoas não tem condições de avaliar claramente o que é uma coisa ou outra.A situação criada no local está extremamente confusa , dada a desastrosa escavação executada , e a falta de interesse em esclarecer o caso, incluindo o proprietário , arqueólogos, e organismos.Estou começando a me convencer de que não é o caso de tentar esclarecer mais nada, pela dificuldade de poder verificar algo que não tenha sido alterado,no local. quero dizer  que  mexeram em tudo , assim como confundiram as informações que circularam a respeito desde o inicio. Pessoas fizeram afirmações e depois as desmentiram.E ainda temos o agravante de que outros podem ter visto uma coisa e imaginado outra, considerando que não eram especialistas no assunto.  

Para piorar as coisas estamos tratando com basalto , material que em uma  jazida natural soterrada pode dar a ideia de  estruturas artificiais. Confundindo mais o assunto. Fica claro que em todo local onde blocos de basalto forma usados em construções primitivas, foi porque o próprio material era abundante no local, as vezes, até no próprio sítio da ruína. Consequentemente, no próprio local da construção, podem aparecer no subsolo estruturas naturais, e em cima, estruturas construídas com os próprios  blocos do local, isto é o que está começando a parecer que aconteceu em Palmeiras.  Para ilustrar isso, coloco  fotos com comentários esclarecedores  que espero ajudem a entender a complexidade do caso de Palmeiras, e o porquê da possível irracionalidade das declarações de varias pessoas, mesmo acadêmicos.
Nós mesmos, com o exame dos fatos que foram surgindo temos que ir reformulando nossos pontos de vista  uma vez que estamos interessados em saber qual a realidade. Aqui, vamos ver como a escavação desastrosa do local confundiu leigos e acadêmicos. Para piorar as coisas o proprietário do local que filmou e fotografou toda a escavação, mas  se nega a mostrar  as fotos, apenas tenta esconder o assunto.Evidentemente que toda a escavação desastrosa e a posterior tentativa de ocultar o sitio pioram a situação. 

 Os  muros que não podemos ver porque foram desmontados


Quando digo desmontados, refiro-me a que possivelmente não havia argamassa neles,  seriam muros de pedra seca, e por tudo o que pude investigar ate agora, em campo,  falando com quem os desmontou ,chego à conclusão que eram de blocos de basalto em bruto,  alongados.
 Não eram  blocos chamados de matacões , ”boulders”, mas sim originários de basalto colunar.

Quanto à forma desses  blocos, aconteceu um fato que parece corroborar  esta ideia , pois quando desmontaram um dos muros, os blocos foram levados para construir um poço de água com uns 30 m de perímetro e dois de profundidade a uns 300 m de distancia do sítio.
 Levantaram as paredes e argamassaram mais ou menos os blocos, porem com a pressão  da  água, a parte mais exposta, e em desnível, começou a ceder,  tiveram então que colocar os blocos com sua maior dimensão, de topo ao poço, para dar maior espessura ao dique. Esta descrição do problema dá a ideia exata de serem blocos colunares que tendem a ser menos volumosos e mais  compridos , e  que agora estão bastante argamassados, e baixo a água.
Outra testemunha descreveu esses blocos como” todos certinhos”.  O problema é que para um leigo um bloco de basalto natural pode parecer “certinho”e de talha artificial, ainda que não seja.  Se for esvaziado o poço, poderá ser confirmado  o assunto.
Com esses dados poderia admitir que havia um muro rustico de blocos de basalto que revestiam o barranco onde por  trás aparecem  estruturas naturais, das quais algumas podemos ver ainda. É fácil presumir que um muro simplesmente montado de blocos sem argamassa é fácil de desfazer, mas que uma estrutura natural de basalto enterrada não é tão fácil.
 Portanto permanece a possibilidade de que havia um muro artificial revestindo esse barranco , mas para confirmar isso, haveria que fazer escavação onde se encontra a parte de  baixo dos muros ,posteriormente enterrada. Não creio que caso fosse um muro estivesse argamassado, porque estaria fora da lógica comum a estes muros ,geralmente de pedra seca. Também pode acontecer que em uma formação natural  de basalto , após a fragmentação dos blocos forma-se entre eles  depósitos de material alterado que podem ser confundidos com argamassas.   
 
O pavimento

Aqui temos o que foi possível levantar na ocasião  da primeira ida ao local , quando o mato não estava muito crescido.Com certeza ainda subsistem mais blocos que aqui não estão representados.



Pequeno trecho do calçamento que desenterramos , correspondem aos blocos de cima no desenho.

Pavimento em Gunung Padang , Java

Esta formação tem o mesmo aspecto de outros pavimentos similares em outros locais do mundo, no entanto poderíamos levantar a duvida de que seja apenas uma formação em disjunção colunar. Para ter certeza disso, haveria que escavar abaixo dessas  pedras e verificar se existe continuidade dessa formação para baixo. Más não é o que parece.Inclusive foi em cima desse pavimento e abaixo de um bloco que apareceu uma cerâmica. 
Analisando  as poucas pedras que ficaram, notamos que os blocos de um mesmo alinhamento não são todos similares em seu perímetro , condição básica em uma formação  colunar , onde todos os blocos da coluna são, ou hexagonais,ou pentagonais, etc. Mais uma vez temos que dizer que a destruição que foi feita aqui na ocasião da escavação confundiu as provas e agora fica mais difícil analisar e chegar a uma confirmação.Foi um caso clássico de "cena de crime" totalmente alterada.
 Estes blocos do pavimento estão nivelados, e no geral ,com uma parte bem plana para cima, o que caracteriza um pavimento. Alguns blocos estão tortos , mas isso pode ser atribuído ao fato deterem colocado uma  bulldozer para escavar o local  (!?) Se tivesse havido um cuidado no momento da escavação muitas duvidas não existiriam mais, porque uma simples observação da colocação das pedras responderia tudo. Inclusive, como escavaram entre as pedras, não sabemos se entre elas havia pedras menores ou apenas material miúdo. 
Desconfiamos que para o lado leste, (esquerdo de quem olha para o topo da colina)  ainda possa haver uma pequena  parte desse pavimento inteiro, o que poderia responder algumas coisas. Ao comparar a direção de inclinação das formações naturais de basalto do barranco, verificamos  que a inclinação não é a  mesma do pavimento, o qual está horizontal e nivelado.  

 8.jpg dscn2013.jpg
O aspecto do pavimento na ocasião da escavação em 2003, aqui vemos os mesmos blocos que  aparecem no desenho acima. Á esquerda havia um dos muros onde descreveram vestígios de uma escada. No fundo da foto embaixo vemos alguns blocos quadrangulares regulares, já deslocados, não sabemos se do muro ou do pavimento.
Mais ao fundo vemos um terreno que foi escavado mais profundamente e onde o calçamento foi totalmente eliminado,segundo testemunhas, note-se que na foto com maior detalhe não se vem quase  pedras apenas uma aparente laje ainda enterrada, do lado esquerdo.Poderíamos então concluir que o calçamento é um obra artificial e não o afloramento de uma jazida de basalto colunar.(foto embaixo). 



   
Olhando a foto frontal do barranco, onde vemos dois blocos , percebemos que apesar de chamarem a atenção pela regularidade e o alinhamento, feririam um principio básico de construção , eles não estão nivelados, e sim inclinados É praticamente seguro que isto é uma formação natural de basalto em disjunção horizontal.Se havia muro, ele devia estar na frente desta formação regularizando o barranco.

 


Tudo indica que aqui estamos vendo formações naturais de basalto, sendo que na frente destas formações  haveria  um dos muros , e essas pedras que vemos poderiam fazer parte dele , porem será necessário fazer uma escavação.No entanto esses blocos que vemos nas ultimas fotos são pouco espessos para serem de um muro de arrimo racional, ainda que sejam bem regulares.Fica a duvida,  por enquanto.   

010.JPG  014.JPG 
Aqui estaria o outro muro, mais afrente do barranco mostrado nas fotos anteriores sendo que essas pedras que vemos poderiam fazer parte dele , porem será necessário fazer também uma escavação. Já o bloco da foto esquerda , o mais regular da ponta esquerda  podemos vê-lo em detalhe na foto do lado, verificando, que tudo indica ter sofrido talha regularizadora. Desde este alinhamento em direção aos fundos é que se encontrava o calçamento, e as pedras que pudemos registrar. Ou seja, o pavimento  estava entre dois muros , e por consequência era um terraço.  Testemunhas relatam que havia uma escada estreita também.  

    
Formações naturais de basalto em Paraúna, Goiás A formação da foto de cima  poderia parecer para alguém desavisado uma estrutura artificial. Já nos blocos da foto abaixo vemos tanto, alguns blocos colunares, assim como matacões .Em Palmeiras parecem ter sido usados  dos dois tipos tanto regularizados, como em bruto .

  
Em cima, blocos tipo” boulders”  em Paraúna , Goias, e embaixo, jazida de basalto colunar no próprio sítio de Gunung Padang , em Java.Estes blocos colunares foram usados naquele monumento, para construir um muro de arrimo, como vemos na foto seguinte, e lá mesmo, também foram usados blocos do tipo" boulder" , em muro que  também vemos embaixo.
Gunung-Padang-the-wall-.jpg

Aqui temos tanto blocos colunares como “ boulders” de basalto, constituindo muros de arrimo em Gunung Padang , Java

Os elementos nitidamente arquitetônicos isolados  que havia ou há em Palmeiras

Mas mesmo fazendo todas as observações que fizemos , acautelando-nos quando  analisamos as imagens de formações  naturais de basalto comparando-as  com estruturas construídas, temos estes elementos nitidamente de uso comum na arquitetura pré-colombiana, blocos e lajes, achados no local  que falam claramente em que ali há uma ruína , ou houve, considerando o saque tremendo que houve durante décadas , e que, alem do mais, foi seletivo , catando de preferencia peças regularizadas.

Todas estas peças que aqui mostramos, e outras que pudemos examinar, não tem marcas de ferramentas de cantaria colonial ou modernas , Mas aparentam o efeito de terem sido trabalhadas por processos , no minimo , similares   ao que encontramos nas culturas andinas.     

    
foto14.png       foto17.png  
    
As lajes das duas ultimas fotos, curiosamente, tem medidas muito similares, variando pouco entre  55cm X 75cm,e com uns 17 cm de espessura media, mesmo estando distantes uma da outra. A que vemos em cima também obedece a esse padrão , que parece ser o mesmo das lajes da foto do meio , que já foram roubadas do local .
Todas estas peças não apresentam vestígios de uso de ferramentas de aço. Suas arestas são arredondadas e  com superfícies com aspecto de martelagem rustica, e polimento ocasional, inclusive apresentando irregularidades .

Possíveis  artefatos que podem denunciar o local como sítio arqueológico

Fora um vaso cerâmico achado no local , relatado por varias testemunhas ,foram localizados alguns artefatos que podem ser instrumentos ou registros  

ip 17.png
Possiveis cunhas variando entre 15cm e 30 cm. Ao lado, registros? Embaixo,para comparação vemos uma cunha da Ilha da Pascoa , com as quais esculpiam os moais,  que eram trabalhados em basalto.

          

Essas pontas de flecha  de  quartzo rosa foram localizadas na margem do Rio Paraibuna, mas do outro lado, oposto ao sítio de Palmeiras. Por curiosidade, existe um depósito de blocos de quartzo  rosa ao pé da colina de Palmeiras, e parece que foram levados para ali no passado.E eram muitos, mas muitos foram levados para a fazenda e colocados em círculo como vemos na foto. 
Esses são alguns fatos conclusivos e significativos sobre Palmeiras.


Carlos Pérez Gomar , arquiteto , Rio de Janeiro 30 de setembro de 2015